A história da Fenae, fundada em 1971, entra em um novo ciclo a partir de 29 de maio de 2021, data em que completa 50 anos de mobilizações e conquistas em defesa do banco público e de seus empregados
* Por Sergio Takemoto
A história da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), fundada em 1971, entra em um novo ciclo a partir de 29 de maio de 2021, data em que completa 50 anos de mobilizações e conquistas em defesa do banco público e de seus empregados, indutora do desenvolvimento econômico e social em todas as regiões.
Nossa mobilização pelo setor público, em parceria com movimento sindical e demais associações e entidades representativas, vem ocorrendo em diversas frentes – no Congresso, no Judiciário e na luta dos empregados do banco e de outras estatais para defender a Caixa 100% pública e os direitos dos trabalhadores. Essa articulação mira-se em um protagonismo para acionar novos motores contra o desmanche de direitos sociais e contra a entrega do patrimônio público.
Grandes campanhas foram realizadas e muitos benefícios foram conquistados nessas cinco décadas. A Fenae atuou na promoção do bem-estar com incentivo a práticas políticas, sociais, culturais e esportivas. Temas como direitos humanos, equidade, solidariedade, responsabilidade social e meio ambiente são recorrentes por toda a sua trajetória.
A lógica que impulsionou a criação e a formação da Fenae será fundamental para o nosso trabalho em defesa da Caixa e de um projeto de soberania e autonomia nacional, que consiste em reforçar o Estado brasileiro, as políticas públicas e as estatais.
O momento é oportuno para o país discutir o papel das empresas públicas, fundamentais para a promoção social e para diminuir a desigualdade. É o serviço público que promove o bem-estar social e o desenvolvimento do Estado. Por isso, consideramos fundamental a defesa da Caixa forte, pública e social, combinada com a mobilização contra a retirada dos direitos dos trabalhadores. Essas ações simbolizam a defesa de todo o patrimônio do povo brasileiro, das estatais aos recursos naturais.
Uma das ideias que podem ser adotadas é a da formação de uma rede nacional em defesa da Caixa pública e social, dos direitos dos trabalhadores e de um Brasil soberano, democrático e solidário. Assim, empregados do banco e entidades representativas se unem para enfrentar situações difíceis, buscar soluções e adotar atitudes ousadas e decisivas.
A Fenae, portanto, se coloca no campo progressista da política brasileira. E busca aprofundar, cada vez mais, a lógica oposta ao autoritarismo retrógrado. Ao completar meio século de existência, em 29 de maio deste ano, a Fenae ressalta o seu protagonismo no espaço democrático nacional, para renovar a correlação de forças do desenvolvimento em favor da classe trabalhadora. Um banco como a Caixa Econômica Federal merece um movimento associativo sólido e forte, representado pela Fenae e pelas Apcefs.
Somos gratos por todos estes anos de trabalho coletivo, construído por sucessivas gerações de empregados e empregadas do banco público, parceiros, colaboradores e associados das entidades federadas.
Que venham outros 50 anos, tendo claro que a resposta contra as ideias da força passa pela força das ideias, como ensina a Sociologia crítica no Brasil!
*Sergio Takemoto é o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae)